Warner Bros terá que provar que o sobrenatural existe para se livrar de processo judicial

terça-feira, 11 de abril de 2017

Warner Bros terá que provar que o sobrenatural existe para se livrar de processo judicial

Cena do filme "Invocação do Mal 2", terror está sendo processado pelo autor do livro que o filme se baseou.


Você já deve ter ouvido falar de mais de um processo judicial maluco que rolou nos EUA, certo? Mas o que nós vamos contar a seguir merece um prêmio! Segundo Graham Flanagan, do Business Insider, tanto a Warner Brothers como os cineastas envolvidos na produção dos filmes da franquia Invocação do Mal — “Invocação do Mal”, “Annabelle” e Invocação do Mal 2” — podem ter que pagar US$ 900 milhões se não conseguirem provar que as entidades malignas existem!

De acordo com Graham, o estúdio e os produtores estão sendo processados por Gerald Brittle, autor do livro “Demonologistas” — título original “The Demonologist” —, que conta a história de Ed e Lorraine Warren, o casal de investigadores paranormais retratados nos filmes. O escritor alega que a dupla de caça-fantasmas assinou com ele um acordo de exclusividade vitalícia sobre sua história em 1978, então, a Warner e companhia teriam infringido seu acordo de direitos autorais.


Processo bizarro

Brittle alega que o contrato que ele tem com os Warren estipula que o casal não tem permissão de fechar qualquer acordo que produza trabalhos sobre os mesmos temas abordados no livro. Acontece que os demonólogos assinaram com a Warner em 1997 e cederam à produtora os direitos de fazer os horripilantes filmes sobre suas experiências paranormais.

Como você deve saber, os famosos longas são promovidos como sendo “baseados em fatos reais”, e Brittle está endemoniado da vida com isso, já que ele afirma que a coisa toda viola o acordo dele com os Warren. Em 2015, o autor inclusive tentou impedir o lançamento de “Invocação do Mal 2”, sob a alegação de que ele tinha direitos exclusivos sobre a história — e a produtora respondeu dizendo que o filme não era baseado no livro, mas sim em fatos históricos.

E foi aí que o rebuliço começou! A partir dessa “deixa”, os advogados de Brittle passaram a alegar que não existe nada de “fatual” sobre os casos do casal, visto que fantasmas, freiras demoníacas e bonecas possuídas não são reais. Isso não só significa que, segundo o autor, os Warren não passariam de farsantes, como a Warner não poderia ter produzido um filme baseado em fatos históricos — como ela diz.

Sendo assim, Brittle basicamente espera que a Warner apresente provas irrefutáveis de que as experiências do casal são verdadeiras — isto é, de que realmente existem entidades demoníacas capazes de possuir pessoas e objetos, atacar pessoas e assombrar casas. O autor, conforme mencionamos no início da matéria, espera vencer o processo e embolsar US$ 900 milhões (pouco mais de R$ 2,8 bilhões), montante ligeiramente mais alto do que a bilheteria arrecadada com os filmes, que soma US$ 886 milhões. E aí, no que você acha que isso vai dar?

Capa do livro "The Demonologist", escrito por Geraldo Britle, que teria direito de exclusividade da história.

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