Crânios encontrados no Peru não são de humanos

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Crânios encontrados no Peru não são de humanos


A descoberta de crânios com formatos estranhos não é nenhuma novidade. Tanto que, em 2012 mesmo, um total de 25 ossadas com cabeças alongadas foi encontrado por arqueólogos na região de Sonora, no México. No entanto, o resultado dos exames de DNA realizado em caveiras de 3 mil anos encontradas em Paracas, no Peru, está dando o que falar.

Os esqueletos de Paracas — mais de 300 — foram descobertos na década de 20 e logo ficaram famosos graças aos crânios deformados com formato alongado, estando entre os maiores e mais pesados já descobertos no mundo. Até aqui, nada de inédito. Contudo, a polêmica surgiu após Brien Foerster, do Museu de Paracas, revelar que uma análise de DNA apontou que os exemplares podem não pertencer a humanos, mas sim a uma criatura desconhecida pela ciência.

O volume craniano é de até 25 por cento maior e 60 por cento mais pesado que crânios humanos convencionais, ou seja, eles não poderiam ter sido intencionalmente deformados. Eles também contêm apenas uma placa parietal, em vez de duas. O fato de que as características dos crânios não são o resultado da deformação craniana significa que a causa do alongamento é um mistério, e tem sido por décadas.

Comparação de um crânio humano normal com um dos misteriosos crânios


Segundo Foerster, o geneticista que realizou os testes — cuja identidade não foi revelada — descobriu-se que as amostras contêm DNA mitocondrial (aquele que é passado pela mãe e não sofre recombinações) com mutações genéticas que jamais haviam sido identificadas em humanos, primatas ou qualquer outro animal conhecido.

Os resultados preliminares obtidos a partir das amostras de Paracas foram comparados às informações disponíveis no GenBank — uma importante base de dados de sequências de DNA com acesso público que conta com todas as informações genéticas conhecidas no mundo —, e as mutações seriam diferentes de qualquer outra já catalogada.

O cientista anônimo também teria afirmado que, a partir do sequenciamento realizado até o momento, o material genético pertenceria a uma criatura de aparência humana, mas muito distante do Homo sapiens, dos Neandertais e dos Denisovanos. O geneticista teria dito ainda que não estava sequer certo de como esse ser se encaixaria no mapa evolutivo que conhecemos.

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