Lendas urbanas de Recife e Olinda

segunda-feira, 12 de março de 2012

Lendas urbanas de Recife e Olinda


Hoje dia 12 de março é o aniversário de Recife e Olinda, por isso preparamos um especial com lendas urbanas das cidades irmãs, Recife completa 475 anos e Olinda 477 anos.

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                                        PAPA FIGO

Era uma vez um velho portador de uma doença incurável, que o desfigurava e o transformava em uma espécie de Lobisomem. Todos dizem que o Papa-Figo é, na verdade, uma pessoa que apesar de rica, educada e respeitada, foi vítima de terrível maldição jogada sobre si não se sabe por quem, mas ninguém é capaz de identificá-la. Certamente é por isso que depois de extrair o fígado da criança e se alimentar com ele para minorar os males que o atormentam, esse personagem sanguinolento e carnívoro mantém o costume de deixar uma grande quantia em dinheiro guardada dentro da barriga da vítima, para compensar financeiramente a família enlutada e dar-lhe condição de efetuar o enterro da pequena criatura por ele sacrificada.

Papa-Figo 


PERNA CABELUDA


Contam os antigos moradores do Recife que nos anos 70 essa criatura assustadora rondava e aterrorizava os desavisados transeuntes que andavam à noite em lugares ermos e ruas desertas do Recife. Segundo contam os que tiveram o desprazer de conhecê-la pessoalmente, trata-se de uma perna, tão somente um membro humano inferior coberto de pelos asquerosos que parece ter vida própria e se desloca aos pulos. Com se a visão do seu aspecto perturbador não fosse o bastante para gelar qualquer coração, a Perna ainda costuma atingir as pessoas com poderosos chutes, golpes precisos que, na maioria das vezes, vão direto ao traseiro das vítimas: homens e mulheres de várias idades e classes sociais conheceram a ira insana da amaldiçoada assombração. 
Muitas são as explicações sobre a origem da lenda. Uma a vincula ao achado de uma perna humana cabeluda que se encontrava boiando no rio Capibaribe, caso que por não ter sido solucionado pela polícia transformou-se em prato cheio para a imprensa. Que inicialmente alimentou a esperança de encontrar alguém capaz de clarear o assunto, e por isso perguntou em suas páginas: De onde veio a perna? De quem era ela? Como foi parar no rio? Quem a amputou? Mas em vão... Foi quando se começou a dizer que a perna mal-assombrada corria atrás das pessoas nas ruas.
Perna Cabeluda

Praça Chora Menino

No bairro da Boa Vista, centro do Recife, fica a Praça Chora Menino. Próxima ao Colégio Salesiano, à Praça do Derby e às ruas do Progresso e das Ninfas, é hoje uma simples confluência de vias. Mas sua fama e nome datam do século XIX. No ano de 1831, Recife enfrentou a revolta violenta de uma tropa insubordinada que tinha como obrigação a guarda do lugar. Soldados e civis a ela associados saquearam a cidade, cometendo todo tipo de atrocidades e assassinando centenas de moradores, entre eles muitas crianças. Essa revolta ficou conhecida como Setembrizada. As ruas ficaram repletas de corpos, e muitos deles foram enterrados no local onde hoje fica a praça Chora Menino. O nome vem de relatos que começaram a circular tempos depois da Setembrizada: dizia-se que quem passasse altas horas da noite perto da praça ouvia sempre choro de menino. Certamente tentou-se dar explicações "científicas" para o fato, de brincadeiras de estudantes a um tipo de sapo cujo coaxar seria semelhante ao choro de uma criança. Mas quem ouviu o estranho lamento nega-se a aceitar tais teorias tão pouco consistentes: o pranto fantasmagórico, por certo, não tem semelhança com sons emitidos pelos viventes.

Lamentos e choros misteriosos são ouvidos de madrugada na Praça Chora Menino

 
                                      A Emparedada da Rua Nova

Quase todos os recifenses que estão na sexta década de vida ou que já passaram, ouviram falar no caso, na Emparedada de Rua Nova, senão como um romance escrito pelo fundador da Academia Pernambucana de Letras, Carneiro Vilela, mas como um acontecimento trágico, o qual, por certo, marcara a vida da cidade no século XIX. Conta que uma mulher chamada Josefina, era amante de um certo homem, que em um dia enterrou-a entre duas paredes na sua casa. O caso se tornou famoso por Josefina ser uma mulher social, vivia em festa, casamentos e acontecimentos no Recife, porem começou-se a notar a falta da mulher em festas, e daí começou a lenda, ninguém sabe se é um mito ou verdade, porém o mistério ainda rola na Rua Nova.

Emparedada da rua Nova

                                                     Cruz do Patrão

Sem dúvida, o lugar mais assombrado do Recife chama-se Cruz do Patrão. Fica onde antes existia um istmo que ligava o Recife a Olinda, às margens do Rio Beberibe. É uma coluna de alvenaria, erigida não se sabe precisamente quando, entre as fortalezas do Brum e do Buraco. Servia de baliza para os barcos que chegavam para atracar. E tornou-se ponto de encontro com almas penadas... Certamente os espíritos dos escravos arrancados de sua terra natal para perecer na jornada rumo ao cativeiro ainda vagueiam pela noite, presos pelos grilhões da injustiça. Até o século XIX, no local também eram fuzilados os militares condenados à pena capital, como o soldado João Luís dos Santos, do 1º Batalhão de Fuzileiros. Ele sucumbiu diante da saraivada de balas desferida pelos seus companheiros de farda em quatro de maio de 1850, na presença de "numerosa porção de povo", como registrou na época o Diário de Pernambuco. A Cruz do Patrão resistiu ao tempo, às investidas da maresia, à falta de cuidado que o homem tem com suas antigas construções . E, no novo milênio cristão, ela permanece, impávida, adornado com a sua beleza austera a área do Porto do Recife. Pode ser vista por quem passa na Ponte do Limoeiro, embora poucos saibam o que ela representa. O esquecimento a que está submetida seria obra dos espíritos malignos e alma penadas que habitam o lugar? Ou seria conseqüência do nosso descaso com os monumentos que preservam muito da história da cidade?

Cruz do Patrão

                                           O Homem da Meia Noite

No início da década de 30, perambulava pelas ruas de Olinda um homem alto bonitão, usando um elegante terno e dente de ouro, que só aparecia por volta da meia-noite e depois ninguém mais sabia do seu paradeiro. Descobriu-se, então, que o galanteador pulava janelas de sobrados olindenses para namorar as donzelas. Tal lenda inspirou a criação do bloco carnavalesco patrimônio vivo do Estado de Pernambuco: O Homem da Meia Noite.

"O Homem da Meia Noite" sempre aparece a meia noite no Carnaval de Olinda

                                           O Palhaço do Coqueiro

É uma lenda do Janga (bairro de Paulista-Pernambuco). Era uma vez um homem cujo pai era palhaço muito famoso. Ele sentia orgulho do pai e também queria ser palhaço. Nos palcos do circo ele não conseguia fazer ninguém rir. Ele enlouqueceu e fugiu do circo. Todos os dias que a lua era minguante ele subia em um coqueiro para observar de lá a lua, pois ela ria para ele. Quando uma nuvem tampava o sorriso da lua ele descia do coqueiro para observar outros sorrisos. Quando encontra alguém ele começa a fazer palhaçadas sem graça e caso a pessoa não ria ele a hipnotiza, bate nela e exige que ela sorria. E assim vai até que a nuvem saia de frente da lua.

O Palhaço do Coqueiro


                                           A Sedutora da Curva

Há muito tempo, quem mora no bairro de Dois Unidos, Zona norte do Recife, ouve relatos sobre o espectro de uma mulher que aparece na curva que fica próxima a uma antiga fábrica existente no local. A história mais conhecida sobre esse fantasma é a seguinte: Certo senhor, voltava para casa tarde da noite, quando já não havia ônibus circulando. Ele tinha tomado umas a mais, e por isso estava "chamando urubu de meu loro", como dizem por aí. Mesmo com a visão meio "embaçada", observou perfeitamente quando, na tal curva, aquela mulher apareceu do nada. Ela era linda e loira, muito atraente mesmo. A mulher se aproximou do sujeito, perguntou se ele tinha um cigarro para dar. O homem disse que não, mas a conversa não parou por ali. Depois de umas palavras trocadas, e de pintar um clima de paquera no ar, o desavisado senhor passou a "mão boba" nas pernas da moça. E ai percebeu que ela era magra demais. Na verdade, só tinha osso! O sujeito olhou novamente o rosto da mulher e viu uma caveira! Desesperado, ele saiu correndo e só parou na porta de casa. Bateu e tocou com veemência a campainha. Como não foi atendido prontamente, acabou derrubando a porta - tudo para tentar se esconder da terrível assombração.

A sedutora da curva

Existem milhares de outras lendas nessas cidades antigas, algumas assustadoras e outras apenas misteriosas esperando para serem descobertas por você. Na data de hoje provavelmente estão festejando: Feliz aniversário Recife e Olinda.
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4 comentários:

Mandy disse...

" A Emparedada da Rua Nova", coitadinha ela só queria curtir D;
rsrs gostei das lendas

Unknown disse...

Eu achei muito bom reunir todas essas lendas mais era bom que tivesse mais lendas de olinda

Unknown disse...

concordo analine

Anônimo disse...

Mano morro de medo de palhaço rsrs mas TAM bem corri de 4 palhaços assassinos ������